quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Carnaval

Com a proximidade do Carnaval, tenho selecionado fotos de coisas bonitas e alegres para compor ambientes de possíveis encontros e festas. Acho maravilhosa a maneira alegre e espontânea do nosso povo, e o carnaval é uma festa muito bonita. De qualquer maneira, vivemos dias difíceis, e a responsabilidade e retidão devem ser norma e conduta em nossas vidas. Penso que esses dias devem ser aproveitados com alegria, paz, sabedoria e com Jesus no coração como nosso guia de sempre. Pensando no assunto, me lembrei de uma lenda que li pela primeira vez aos 10 anos, quando ganhei da minha mãe o livro Lendas do Povo de Deus, de Malba Tahan. Espero que muitas pessoas leiam a estória, reflitam sobre o assunto e mudem de conduta se for o caso.


A Lenda da Embriaguez

Preparava-se Noé para plantar a primeira vinha e eis que surge diante dele a figura negra e hedionda do Demônio.
_ Que pretendes plantar aí? _ Perguntou o Demônio.
_ Uma vinha! Informou Noé encarando com olhar sereno o seu insolente interrogante.
_ E como são os frutos que esperas colher, meu velho? _ Inquiriu friamente o Demônio.
_ Ora _ Explicou o Patriarca, de bom humor _ são frutos deliciosos, sempre doces. Os homens poderão saboreá-los maduros e frescos, ou secos e açucarados. Do caldo desse fruto poderá ser fabricada uma bebida _ o vinho _ de incomparável sabor. Essa bebida levará alegria e inspiração aos corações dos mortais!
_ Quero associar-me contigo no plantio dessa vinha! _ propôs o Demônio com certo acinte na voz.
_ Muito bem! _ concordou Noé. _ Trabalharemos juntos. Ficarás, desde já encarregado de regar a terra.
E o Demônio, no desejo de agir pela maldade, regou a terra com o sangue de quatro animais tirados da Arca: o cordeiro, o leão, o porco e o macaco.
Em conseqüência desse capricho extravagante do Maligno, aquele que se entrega ao vício degradante da embriaguez recorda forçosamente, um dos quatro animais. Bem infelizes os que se deixam dominar pelo álcool! Tornam-se alguns , sonolentos e inermes* como um cordeiro; mostram-se outros, exaltados e brutais como um leão; muitos, sob a ação perturbadora da bebida que os envenena, ficam estúpidos como um porco. E há, finalmente, aqueles que, depois dos primeiros goles, fazem trejeitos, dizem tolices e saracoteiam como macacos.

Malba Tahan – LENDAS DO POVO DE DEUS




* inerme: 1 Que não está armado. 2 Sem meios de defesa. 

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